Resenha Judas Priest - Fire Power

Resenha: Victor Denardo

Primeiro, preciso confessar que não esperava muito do Judas Priest. Principalmente depois de Nostradamus e Redeemer of Souls, que, na minha humilde opinião, são discos abaixo da média. Em outras palavras, o Judas era uma daquelas bandas que não tinha mais muito a oferecer em termos musicais. Felizmente, estava redondamente enganado.
Firepower é um petardo de pouco mais de cinquenta minutos que em muitos momentos lembra a fase áurea da banda. A faixa-título, por exemplo, podia estar em qualquer disco clássico da banda. Richie Falkner caiu como uma luva e contribui de forma decisiva para seu renascimento. Seu entrosamento com Glenn Tipton parece perfeito. Tipton, infelizmente, não acompanhará a banda na turnê do album. O guitarrista sofre de parkinson já há algum tempo. No entanto, isso não o impediu de criar, ao lado de Falkner, alguns dos riffs mais inspirados do Judas em anos. Basta checar Rising from Ruins e Traitors Gate (talvez a melhor do disco). O vocal de Rob Halford também é outro ponto alto do disco. Espantoso como do alto de seus 66 anos, Rob ainda continue soando melhor que muito moleque de 20. A "cozinha" está sólida como sempre. Cortesia de Ian Hill e o excepcional Scott Travis. O produtor Tom Allow (Black Sabbath, Deff Leppard) fez jus ao próprio currículo e tirou o melhor de cada músico. Isto posto, devo dizer que Firepower é o melhor trabalho do Judas desde aquele disco que revolucionou o Metal dos anos 90.

Postagem: Leo Wacken

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