Resenha Bellum Deorum Fest 23/07/2016 - Hangar 110

Fotos e Texto po:
Tamara Cristiane Pereira de Souza

Em 23 de julho de 1995 foi descoberto o cometa Hale-Bopp, um dos maiores e mais brilhantes do século XX.
No século XXI o cometa Bellum Deorum Fest passa em São Paulo e faz uma das noites mais brilhantes do Hangar, com as hordas Wodanaz, Iron Woods, Hecate e Kawir.

Tudo começa com o quarteto fantástico do Wodanaz, de Piraju-SP, com seu extremo metal pagão, e deixando a galera atônita, principalmente ao som de Cantos de Glórias, Pagãs Memórias, com os vocais e de B.Wolf, também guitarrista e um dos fundadores da banda.

Em seguida, nada menos que Iron Woods para coroar a célebre noite, tocando dois sons de seu novo álbum, a ser lançado em setembro de 2016, intitulados The Voice of Battle Cry e The Bloodline for Heathen Pride, com a entrada oficial do guitarrista Fernando Iser, o que foi anunciado em 04 de julho no Facebook da banda. A apresentação contou também com o suporte de Thiago Fimbulvinter (baixo) e Silvio Heathen Mist (guitarra).

A galera foi ao delírio ao som de Valhalla Land, do álbum Iron Woods (2003), um dos melhores da banda até então, e pra finalizar a noite com deorum (os deuses), o som Samhain Night, do The Journey to the Paganism (2008).

Nesse momento, os headbangers aguardavam ansiosamente a entrada da horda Hecate, de Fortaleza – CE. Tanto que muitos vieram de outros estados para ver a grande banda que fez uma ilustre apresentação com Lord Thanatos e seu vocal e teclado from hell, além da black metal lady Olindina que interagiu muito com o público e fez um som de peso com sua guitarra infernal. Quando a banda tocou a sinfonia satânica, Entrar no prazer eterno, do álbum Odes ao Oculto (2003), a galera veio ao delírio.

Pra finalizar a passagem do cometa Bellum Deorum Fest, a horda grega Kawir, criada em 1993 e que se apresentou no Chile na noite anterior. Tendo escolhido terras chilena e brasileira como sendo as primeiras a prestigiarem faixas do novo álbum Father Sun Mother Moon. O vocal Baco, ops... Porphyrion, deu belos banhos de vinho na galera, do qual tomei várias gotas na face e na boca. Algum fã revoltado com a atitude jogou líquido em direção ao palco, mas o vocalista olhou meio que estranhamente, aí o ritual do vinho continuou, banhando e finalizando a memorável noite. Vale lembrar que a banda fala do vinho em suas canções, como na letra da Adored Cry of Olympus.

Nos 20 anos de idas e vindas a shows, foi o primeiro em que vi os brasileiros valorizarem o que tem de bom no metal nacional. Não desmerecendo a horda Kawir, mas após a apresentação da Hecate, muitos se despediram da memorável noite.


Postagem: Leo Wacken

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