A Jornada Continua



Wacken Open Air – Preview 2014

Bom, o que dizer sobre esse festival magnífico?
Muitos conhecem simplesmente por obter a sigla “W.O.A” ou chamando pelo nome de Wacken mesmo.
O festival teve inicio em 1990 e ocorreu apenas com bandas desconhecidas de seu proprio país “Alemanha”. Até o momento atual a maioria das bandas que passam pelos palcos do Wacken são principalmente da Europa . Mas ja podemos contar com bandas Brasileiras como: Torture Squad, Angra, Overdose, Krisiun, Tuatha de Danann e outras,  sem contar que ja passaram bandas australianas, americanas, canadenses e de muitos outros países.
O evento ocorre uma vez por ano sempre no mês de agosto com 3 dias de acampamento em um  pequeno vilarejo chamado Wacken que fica dentro de Schleswig-Holstein no norte da Alemanha. Este evento ja teve o publico recorde de 72.000 pessoas de todo o mundo, iclusive os brasileiros que estão sempre marcando presença.
O Wacken Open Air ainda conta com uma ampla estrutura de alimentação, existem muitos pontos de venda de comidas e bebidas como: Batatas Fritas, Pizzas, Macarrão, Yakisoba, Salsichões que são chamados de “Wurst” além de muito outros. Bebidas: Cerveja com um caneca gigante contendo 1 Litro e Refrigeirantes de diversos sabores em copos de até 300 ML.
E ainda podemos contar com uma infra-estrutura de venda de artigos de metal em geral chamado “Metal Market” que é nada mais nada menos que a Disneylandia do Heavy Metal. Você encontra discos, cds, dvds, roupas, armas medievais e uma infinidade de artigos, alem de alguns shows em pequenos palcos no local.
E em 2014, o evento irá do dia 31 de julho até 2 agosto. Até o momento, estão confirmadas bandas de grande nomes como: King Diamond, Arch Enemy, Kreator, Sodom, Avantasia, Slayer, Amon Amarth, W.A.S.P, Hammerfall, Accept, Behemoth, Carcass e Children of Bodom.  





Wacken Open Air - 2011


Minha jornada para Wacken começou em Hamburgo as 9h00, em 04 de agosto. Peguei o trem na estação Hamburgo - Hauptbahnhof e fui para Itzehoe onde peguei ônibus Metal Travel. Tudo foi muito tranquilo, até que cheguei ao Wacken Open Air.

Foi muito fácil identificar quem estava indo para o Wacken, pois muitos headbangers seguiam em massa até chegar no ponto inicial da cidade onde uma enorme faixa dizia:  “Welcome Metalheads”.

Então, ao chegar no festival, resolvi dar uma volta para conhecer a estrutura 2011 e com certeza ja pude ver milhares de headbangers com muitos coletes cheios de patches que lotavam as áreas abertas. Havia muitas bandas tocando no Palco Wet stage Headbanger’s Ballroom, onde se reuniram as bandas vencedoras do Metal Battle de cada país. Parti para outra área, chamada Wackinger e Beergarden Stage, realmente uma cidade medieval denominada como Wackinger Village, onde estava cavaleiros, jogos, lutas medievais, armas, comidas típicas e um enorme bar com formato de um barco viking. Outro ponto fantástico foi a Bullhead City, onde um palco foi montado para bandas tocarem covers, além de agitar o público com performances de lutas com mulheres e stripers.


Quinta-feira 05 de agosto

Skyline
Os portões se abriram às 15h00 e a primeira banda com Skyline e convidados como Chris Boltendahl do Grave Digger, Tom Angelripper, Udo Dirkschneider do UDO e a Deusa do Metal Doro Pesch. Começando às 16h00. Conversei com várias pessoas de vários países naquele momento. Enfim, não consegui o lugar perfeito, mas fiz o possivel para estar o mais prioximo para ouvi-los tocando Gary Moore "Over The Hills and Far Away", Doro Pesch incluindo o hino do  Wacken “We Are The Metalheads”. Esta foi a primeira banda que deu inicio aos 4 dias de metal se apresentando a um número de mais de 50 mil pessoas.

Helloween
Agora é o momento para Helloween entrar no palco. Os fãs ja gritavam em alto em bom som “Happy, Happy Helloween...”. Mesmo com falhas na parte técnica do som, houve um ótimo desempenho. Fiquei impressionado com a performance no palco em canções matadoras como Are You Metal?, Keeper of the Seven Keys, Halloween, King for a 100 years, Dr. Stein e I Want Out. O público delirava à cada canção. Eles mostraram que ainda sabem fazer um grande espetáculo.







Blind Guardian
A próxima foi a banda Blind Guardian. Já havia os visto algumas vezes no Brasil, mas um show como esse no Wacken, nunca. Eles mostraram que viriam com tudo, com um som bem alto e potente no Black Stage. O público pedia mais e mais músicas, e a cada música tocada, todos iam à loucura, relembrando a década de 80. Enfim, todos os hits estavam lá: Welcome to Dying, Valhalla, The Bar’s Song, Lord of The Rings, Majesty e Mirror Mirror.

Ozzy Osbourne

Todos os 85 mil presentes no Wacken, se curvaram diante da maravilhosa performance de Ozzy Osboune. Eu tive que voltar um pouco para trás, porque eu estava esmagado com tantas pessoas se espremendo, eu não conseguia sentir minhas mãos e pernas. Eu não era o único assim ali.
Vamos ao show do Ozzy. No momento, estava tudo escuro e os fãs enlouquecidos gritavam o nome do Ozzy. A banda começou com as tradicionais I Don’t Know, Suicide Solution, Mr. Crowley e War Pigs do Black Sabbath e  todos estavam cantando junto. O público cantava alto e acompanhava Ozzy com corais maravilhosos em  musicas como  Bark at Moon, Shot in the Dark e Rat Salad do Black Sabbath. Sem dúvida , essa lista foi definida na maior parte de canções da faze antiga de Ozzy. Ainda ele jogava sabão no público bem da frente, molhando até os seguranças. Para encerrar, tocaram músicas como Iron Man, Crazy Train, Mama I’m Coming Home e Paranoid, fechando a noite com chave de ouro. Um espectáculo verdadeiramente épico.

Depois disso foi hora de voltar para o acampamento. Comer e beber algo e depois dormir, pois às 9h00 da manhã ja teria mais outro dia.


Então, agora vamos ao segundo dia do W.O.A.

Sexta-feira - 05 de agosto

Primal Fear
A primeira banda que eu corri para assistir foi o Primal Fear por volta das 12h.
Foi muito bom começar o dia com uma das melhores bandas de Power Metal dos anos 90, pois realmente a banda consegue atrair muitos fãs mesmo no início do segundo dia.
Foi um show bem técnico, e ainda mais se tratando de Ralf Scheepers com seu vocal destruidor com agudos matadores no estilo de Rob Halford do Judas Priest. Tocaram por 1 hora em um show bem pesado com musicas como Sign of Fear, Chainbreaker, Nuclear Fire, Seven Seals e fechando com a clássica Metal is Forever.

Sodom
Havia chegado a hora do Sodom. Quando cheguei em frente ao palco principal “True Metal Stage”, já deu pra perceber como seria o show, pois muitos headbangers gritavam o nome da banda, então surge Tom Angelriper agitando o público com os sons  In War and Pieces, The Voice of Killing, Out Break of Evil e The Saw is the Law, foi matador. Deu pra ver a roda monstruosa que abriu no meio do show e a galera pedindo mais e mais sons, então um dos sons mais esperados foram tocados M-16, Blasphemer e Remember the Fallen. O público delirou com a participação dos alemães nessa edição do Wacken 2011.
Morbid Angel
Com o sol no início da tarde. O Morbid Angel tocou no Palco do Black Stage, um dos principais. Apesar de muitas críticas sobre o novo álbum Illud Divinum Insanus, pois elementos eletrônicos foram colocados. Ainda assim, eles reuniram uma multidão e todos ficaram super empolgados com a apresentação da banda. Eles começaram com Immortal Rites, Fall From Grace e Rapture e o público cantava mais e mais.
Sem palavras para a Performance de David Vincent e companhia. Rodas e mais rodas eram formadas. Ninguém parecia se importar, pois queriam mais músicas. Em seguida vieram as novas Existo Volgoré, Nevermore e I’m Morbid. A banda termina sua apresentação com uma clássica God of Emptiness, Deixando todos satisfeitos.

Rhapsody of Fire
A participação do Rhapsody of Fire foi marcada tocando no palco menor, o Party Stage.
O público gritava pela banda, quando a fumaça branca invadia o palco e o som de Dark – Kunor e Triumph or Agony começava, logo em sequência tocaram músicas como Knightrider of Doom, Land of Immortals e Dawn of Victory que o publico não perdia tempo e cantava com emoção. E fechando com as lendárias Eternal Glory e Emerald Sword. Sem dúvida nenhuma uma das melhores apresentações no evento.

Judas Priest
Só pelo fato de esperar o segundo dia, já me empolgava, pois não acreditava que iria ver o Judas Priest em encerramento de sua carreira. Nada menos de três décadas fiel ao metal. Foram 21 musicas em mais de duas horas de show. Foi de arrepiar na introdução, tinha uma grande bandeira tampando o palco e quando acaba a introdução, eis que surge a lenda viva do metal inglês tocando clássicos como Rapid Fire, Metal Gods, Judas Rising e Starbreaker . A cada musica tocada, os publico ia ao delírio, a performance e o visual eram totalmente de volta aos anos 80, sem contar com a pirotecnia. Mais de 85 mil pessoas cantavam em uma só voz mais hits como Prophecy, Night Crawler, Turbo Lover e Breaking The Law.

Accuser
Após o show do Judas Priest sai correndo para não perder o show do Accuser, pois era uma das bandas que eu mais gostaria de ver no festival. Afinal eram mais de 10 anos parados e voltaram com um novo álbum chamado “Dependent Domination”. Havia muitos headbangers prestigiando o som da banda, porém foi uma apresentação muito rápida, apenas 30 minutos, mas deu pra perceber que os alemães têm uma ótima presença de palco e mandaram muito bem tocando no palco Wet Stage.







Sábado - 07 de agosto
Torture Squad
Sábado era o dia de ver nada mais nada menos que o Torture Squad, pois sem dúvida nenhuma deixou muitas bandas de boca aberta com uma apresentação matadora. Deu pra ver muitos headbangers gringos agitando o som dos caras, além disso havia muitos brasileiros com as bandeiras saudando a banda nessa apresentação, mesmo a banda tocando num palco menor, o Wet Stage, deu pra ver que era um dia pra jamais ser esquecido. Vitor Rodrigues com um Vocal de arrepiar mandando musicas como Pandemonium  deixaram os fãs muito satisfeitos.

Mayhem
Mayhem foi uma das bandas que os Black Metal mais queriam ver, pois tinham muitos fãs com as caras pintadas. A banda entra no palco e faz um show discreto contendo músicas de toda sua trajetória incluindo Pagan Fears, My Death, Freezing Moon e Pure Fucking Armageddon. Foi um show pouco agitado pelos fãs.

Iced Earth
Iced Earth foi um show impressionante no palco True Metal Stage, havia muitas pessoas. Muitos fãs mesmo lotaram para ver a despedida do vocalista Matt Barlow,  realmente um cara fenomenal que contagiou o público com sua voz abrindo o show com músicas como Burning Times, Declaration Day, Vengeance is Mine, Violate, deu pra perceber que esse show iria ficar para a historia do Heavy Metal, pois a banda estava super afinada com os riffs matadores de John Schaefer tocando Last December, I Died for You, The Hunter e Prophecy.  Para finalizar Matt agradeceu os fãs e a banda por estarem muitos anos na estrada e os abraçou dando adeus a banda com o ultimo som da tarde Iced Earth.

Sepultura
Uma dos maiores shows que vi fora do Brasil foi o do Sepultura, realmente ver um show deles pela Europa nos deixam orgulhosos por sermos brasileiros, pois os gringos idolatram o Sepultura e pulam muito em cada som tocado pela banda. Gostei muito da apresentação deles e pareciam realmente muito felizes por estarem pela primeira vez no Wacken depois de 25 anos de carreira. Foi um show muito bom e já de cara mandaram Arise, Refuse/Resist, Kairos e Just on Fix, Cover do Ministry. Abriram muitas rodas que chamamos de “Circle Pit” e “Wall of Death”, havia muitos fãs de Sepultura, inclusive os brasileiros com muitas bandeiras gritando o nome da banda, era realmente de encher os olhos, pois era muita emoção ver uma banda do Brasil tão aclamada, já que no Brasil não temos isso. Então tocaram mais sons como Relentless, Territory, Inner Self e Ratamahatta, finalizando com a mais esperada da tarde Roots Bloody Roots.

Kreator
O Kreator foi um dos shows mais esperados do último dia, pois estou falando de uma das melhores bandas de Thrash Metal alemão de todos os tempos. Milhares de pessoas gritavam “Kreator, Kreator, Kreator” antes do show começar e sem duvida nenhuma posso descrever que foi um show matador com um set-list destruidor Choir of the Damned, Hordes of Chaos, Warcuse e Endless Pain, a pancadaria começou logo no primeiro som e muitas pessoas surfando em cima da galera, como é chamado “Crowd Surfing”, mas o sons não paravam e vieram mais com Pleasure to Kill, Destroy Whats Destroys You, Voices of the Dead, Enemy of God, Phobia e Violent Revolution. Realmente o Kreator não decepciona ao vivo, ainda mais em um palco gigante todo decorado, havia um telão enorme atrás da banda onde passavam varias imagens a cada som tocado. Pra finalizar tocaram três clássicos matadores que os fans foram ao delírio inclusive eu:  Betrayer, Flag of Hate e Tormentor.

Motörhead
A atração mais esperada da noite de sábado foi com certeza foi para os pioneiros do Metal há mais de 30 anos. Motörhead já era ovacionado antes de subir ao palco e quando subiram os fãs enlouqueceram logo na primeira musica Iron Fist, após esse som Lemmy brinca com o público saudando “We Are Motorhead and We Play Rock’n’Roll”, dando continuidade ao show com Stay Clean, Get Back in Line, Metropolis, Over the Top, Rock Out, One Night stand e The Thousand Names of God, foi surpreendente estar prestigiando essa banda ainda mais depois que “Lemmy” dedica a música Going to Brazil aos amigos brasileiros, não pude me conter e fiquei emocionado naquele momento como muitos patriotas que estavam ali. Mas havia mais  um mistério a ser desvendado após a musica Kill by Death, foi quando tocando a musica Bomber que desceu um avião enorme sobrevoando a banda pelo palco com show de luzes, simbolizando um avião de guerra, sem duvida nenhuma aquilo foi uma das coisas mais fantásticas que eu já vi na vida, pois eu já havia visto esse show em um DVD que eles tocaram na década de 80 e nunca imaginava ver aquilo. Então fecharam a noite com chave de ouro tocando as clássicas Ace of Spades e Overkill.

Children of Bodom
O Children of Bodom entrou no palco Black Stage aclamado pelos fãs, mesmo em baixo de muita chuva muitos gritavam o nome da banda. Logo de cara abriram o show com Not My Funeral do novo álbum “Relentless Reckless Forever”  o público queria mais, então tocaram Bodom Beach Terror e na sequência mais um som do álbum novo Roundtrip to Hell and Beck  mas o publico queria musicas clássicas, então nada melhor que In Your Face, Living Dead Beat, Children of Bodom e Hate Me, com certeza levantou mais e mais a galera que estava presente. Ainda tivemos clássicas de nome Bloodrunk, Angels Don’t Kill, Follow the Reaper e Downfall. Mas as ultimas musicas Are You Dead Yet e Hate Crew Deathroll não poderiam ser melhor para encerrar essa brilhante performance.

Domingo 07 Agosto
Dia de acordar cedo, desmontar as barracas e deixar mais um Wacken Open Air.
Dar continuidade ao role pela Europa até chegar nos outros festivais.




Wacken Open Air – 2010


Minha jornada começou às 09h do dia 05 de agosto ao pegarmos o trem na estação Hamburgo Hauptbahnhof. A locomotiva seguia com destino à Itzehoe, onde tomaria um ônibus chamado Metal Travel.

Metal Travel

Desde a minha primeira experiência (2008), pensei que as viagens de trem e ônibus para o Wacken fossem difíceis, mas não. A festa começa ali mesmo! Quase todos bebem cerveja e cantam clássicos do metal, muitas vezes no idioma germânico, me deixando sem entender nada!

Foi assim, após uma viagem de quase quinze horas (saindo de São Paulo – Brasil) que chegamos ao Wacken.

Era fácil identificar quem estava indo para o famoso festival alemão, pois muitos headbangers  seguiam até o local.

No ponto inicial da cidade uma faixa enorme anunciava: “Welcome Metalheads”. Logo começamos a montar as nossas barracas e a festa continuou.

Quinta-feira - 05 de agosto

Alice Cooper

Chega a hora do lendário Alice Cooper. O cantor, que teve Tarja como convidada especial na sua turnê, teve ótimo desempenho ao encenar, juntamente com sua filha Rosa, a própria decapitação e enforcamento.

Cooper, vestido em um camisa de forças, me impressionou com a magia de suas  performances em canções matadoras como: School’s Out, Only Women Bleed, Poison, é claro, e as magníficas I’m Eighteen e Under My Wheels.

Assim, Alice provou que ainda sabe como fazer um grande espetáculo, convidando a todos para o seu “Theatre of Death”!


Mötley Crüe

A próxima banda a se apresentar foi a glam Mötley Crüe. Foi a primeira vez que os vi, embora já tivesse assistido o show do Vince Neil, vocalista do grupo, em São Paulo esse ano.

A banda mostrou que viria com tudo. Se apresentaram no True Metal Stage e som estava alto.

O público pedia mais e mais músicas e, a cada hit tocado, ia à loucura, relembrando os anos oitenta. Enfim, todos os clássicos estavam lá: Kickstart My Heart, Shout At The Devil, Dr. Feelgood e Same Ol’ Situation “S.O.S”.


Iron Maiden


Eis que surge o momento que todos esperavam: a nova turnê, o novo palco e o novo Eddie!

- MAIDEN, MAIDEN! – gritavam os 75 mil presentes se curvando diante da maravilhosa performance do Iron Maiden.

Os fãs estavam se espremendo tanto que tive que ir um pouco para trás, pois já não sentia minhas mãos e pernas. Mas, eu não era o único nesta situação. Embora soe estranho, os obstáculos são de difícil compreensão quando se está realmente lá. Todos buscam pelo melhor lugar, pela melhor visão, nem que a pessoa atrás de você precise colocar as mãos nas suas costas em busca de algum equilíbrio. Enfim, show de heavy metal nós sabemos como é, e se tratando de Maiden, não é diferente.

Agora vamos à apresentação. A banda começou com a tradicional vinheta de Doctor, Doctor e o público acompanhava. Em seguida, tocou uma introdução orquestral e a cortina, que na verdade era apenas uma folha negra que cobria todo o estilo futurista do palco, caiu. Foi quando a banda entrou no palco tocando The Wicker Man. No momento, me lembrei do Rock In Rio em 2001. Fiquei tão feliz ao ouvir esta música, realmente uma das minhas favoritas.

Os ingleses do Maiden seguiram com Ghost of Navigator e Brave New World. Não dava para acreditar que eles fossem tocar todas essas canções épicas! E eram apenas as primeiras!

Foi a vez de A Matter Of Life And Death e em resposta o público acompanhou formando um grande coral.

Sem dúvida, a lista foi definida na maior parte com canções da nova era Maiden, bem como o novo single El Dorado.

Faixas como These Colours Don’t Run, No More Lies e  Dance of Death foram tocadas. Tudo dentro do padrão Iron Maiden, explosões e performances do Eddie perfeitas até tocando guitarra. Um Espetáculo verdadeiramente épico.

Depois de um dia intenso, era hora de voltar ao acampamento para comer, beber e finalmente dormir, pois às 9h da manhã teríamos outro dia.

Sexta-feira - 06 de agosto

Antes de começar com o segundo dia de festival, resolvi passear pelo Metal Market, que, como escrevi anteriormente é a Disneylândia do heavy metal. Lá, aproveitei para comprar o merchandise oficial do Wacken: uma camiseta e uma blusa com as datas e os nomes das bandas que fizeram parte do grande festival.


Voivod

A primeira banda eu assisti no dia foi essa lenda do Thrash canadense.

Com o sol do início da tarde, eles tocaram no palco do Party Stage, que é o menor dos três. Ainda assim, reuniram uma multidão e todos ficaram super empolgados com a apresentação memorável.

O grupo iniciou com as músicas Voivod e The Unknown Knows e o público cantava mais e mais.

Um problema no som foi apresentado, mas logo fora solucionado pela equipe dos mesmos.

Em seguida, vieram as clássicas Nothingface e Nuclear War. Olhando ao redor via muitos headbangers curtindo o que se apresentava.

A banda termina sua apresentação com o cover de Astronomy Domine do Pink Floyd, deixando todos satisfeitos.


Kamelot


A participação do Kamelot foi fundamental nesta edição, já que eles estavam com uma nova turnê mundial.

Os fãs clamavam pela banda, enquanto uma fumaça branca invadia o palco e o som de Ghost of Opera tomava a atmosfera do local.

When the Lights Are Down, Karma e Forever foram tocadas. Mas o encerramento só se deu pela lendária March of Mephisto.

O grupo fez, sem dúvida nenhuma, uma das melhores apresentações desde a edição de 2008, que também tive o prazer de ver.


Lizzy Borden


Lizzy Borden foi um show a parte. Com o teatro habitual e go-go dançando Borden distribuía como a conta-gotas doses do seu show de horror. Hits como Red Rum, Me Against The World, There Will Be Blood Tonight e American Metal foram tocados.





Arch Enemy


O Arch Enemy entra no palco com o público gritando ao som de The Immortal, logo depois já tocaram Revolutions Begins. Ângela, com sua voz gutural, leva o público ao delírio e o Wall of Death estava formado. Os duetos de guitarra dos irmãos “Amott” foram realmente de arrepiar. E, claro, que não podia faltar uma das mais pedidas para fechar a grande apresentação do Arch Enemy, a clássica:We Will Rise. 

Tarja

Tarja entra no palco do Party Stage com os fãs enlouquecidos. Muita gente estava lá para prestigiar a performance de uma das mais belas vozes femininas do metal.

Introduzida por If You Believe, a cantora deu sequência com Enough, encerrando com Die Alive. E para a alegria dos fãs da antiga “Era” Nightwish Sleeping Sun, Still Of The Night, Over The Hills And Far Away e Wishmaster foram tocadas.


Grave Digger

A volta de Grave Digger em seu 30º aniversário foi um dos momentos mais esperados do dia. Em gravação do seu novo DVD, Digger fez uma apresentação épica do disco Tunes of War, contando, assim, a história de William Wallace – Coração Valente.


Primeiro, os músicos entraram, um a um, com gaitas de fole, tocando a introdução de The Brave, quando, de repente, apareceu Grave tocando Scotland United.

Em meio aos efeitos explosivos do cenário, Chris Boltendahl, vestido de Coração Valente, acrescenta um toque especial a performance. Na sequência, The Dark of the Sun é tocada e sem ninguém esperar, Chris convida Doro Pesch, um dos grandes ícones do metal, para acompanhá-lo na clássica The Ballad Of Mary – Queen of Scots.

Após Rebellion, que contou com a participação especial de Hansi Kursch e Van Canto, o grupo performa a consagrada Heavy Metal Breakdown levando o público ao delírio.

Slayer

O grande headliner da noite foi o Slayer. Poucos minutos antes de começar a apresentação, mais de 60 mil pessoas já estavam no local do show para prestigiar um dos maiores nomes do Thrash Metal.

A pista estava muito violenta, a cada música tocada eram formados Mosh Pits. Houve gente caindo, empurra-empurra e muita agitação.

Músicas como World Painted Blood e Hate Worldwide garantiam a agitação do público, que já estava bastante cansado quando Kerry King fez sua guitarra gritar riffs das esperadas Seasons In The Abyss e Hell Awaits.

Com as clássicas Raining Blood e South Of Heaven os músicos direcionavam  a todos para o término da apresentação, que foi encerrada com chave de ouro com Angel Of Death.

Sábado - 07 de agosto

W.A.S.P

Uma das bandas que agradaram à quase todos os headbangers presentes se apresentou no True Metal Stage. Com grande empolgação sabíamos exatamente o que esperar de W.A.S.P.

“Blackie Lawless” e compahia apareceram à direita do palco depois de acenar para os fãs tocando músicas de todos os tempos de carreira. Com a guitarra personalizada em forma de machado chamavam a atenção do público abrindo o show com On Your Knees. Os músicos corriam por todo o palco interagindo com o público e tocando clássicos como: Love Machine, Babylon e Wild Child. Além do cover de The Real Me do The Who. Para finalizar a grande apresentação, foi escolhida Wanna be Somebody.


Stratovarius

Acostumados com grandes apresentações no Wacken, os finlandeses atraíram cerca de 20 mil pessoas aos palcos do festival.
Timo Kotipelto, vocalista da banda, entrou no palco com os aplausos da platéia. E com de Hunting  High and Low fez com que o público cantasse freneticamente o que viria a seguir: Higher We Go, Speed Of Light, Against The Wind e Black Diamond.


Edguy


Assim que a banda colocou o pé no True Metal Stage, o nome de “Tobias Sammet” era clamado pela plateia.
Tocando Dead Rock e Speedhoven a banda entendeu o que o público queria: as clássicas. Assim, títulos como Vain Glary Opera, Lavatory Love Machine, Superheroes (com a participação de Marcus Grosskopf – Helloween) e King Of Fools marcaram presença no set list.

U.D.O.


Eu já estava na grade do show quando um público de aproximadamente 70 mil pessoas começou a gritar o nome do headliner. Os alemães ainda não estavam no palco, mas era visível a recepção que teria essa grande apresentação no Wacken.

As luzes se pagam, uma introdução começa.

The Bogeyman e Dominator, as primeiras músicas tocadas, não foram o suficiente para conter os fãs, que cantavam mais e mais. Logo, seguiram com Independence Day.

Já estava valendo muito a pena estar lá na frente, quando aconteceu o que todos queriam: as clássicas dos tempo do Accept. Assim, Princess of the Dawn, Midnight Mover e Metal Heart foram tocadas.

Realmente a voz de U.D.O ainda estava muito afinada, comprovando com Holy que ainda havia muito para mostrar. Para encerrar a apresentação o grande clássico do Accept Balls to the Wall.


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