Evento da Metal SP no dia 29/03/2014

Taverna Snooker Bar – Várzea Paulista

Bandas: Decadência, Nosferatu, Damnation City, Fire Strike, Portas Negras, Velho, Flagelador e Armadilha.


Resenha: Reinaldö Sacred Steel, fotos Mary Desaster e Reinaldö Sacred Steel.

O evento previsto para começar ás 18Hs, iniciou -se ás 19Hs. Nada mais justo, já que o município de Varzéa Paulista, fica um pouco afastado da Capital e levou um bom tempo para a chegada do público até o local.

Decadência

 A primeira banda a subir ao palco do Taverna, foi a banda paulistana Decadência. A banda iniciou sua carreira em 2012 e divulga seu recém lançado EP “A Era do Caos”.
Apesar de subir ao palco, com pouco público presente, a banda não deixou desanimar e executou seu thrash speed, com influência do hardcore dos anos 80. Sons como a “Era do Caos”, “Corrupção de Elite”, “Deus de um céu Plástico”, “Dor dos Inocentes” explodiram pelo equipamento do Taverna, finalizaram com o cover de “Outbreak of Evil”.
da banda alemã “Sodom”.



Capa do EP (A Era do Caos)



Nosferatu

Diretamente de Campinas, o Nosferatu que já pode ser considerada uma das bandas veteranas da nova safra do Metal Tradicional Nacional. Trouxe ao palco, mas uma aula de seu  Heavy Metal Oitentista.
Com um pouco mais de público na casa (a maioria devido ao transporte chegavam aos poucos)


Hussein Salim (Vocal/Guitarra)

A banda que mais uma vez teve uma baixa, não deixou por menos e mandou ver no seu som, calcado e cravado totalmente no Metal Tradicional Oitentista. Tem hora que fecho meus olhos e fico imaginando aquelas clássicas bandas no palco, não tem como escutar o som do Nosferatu ao vivo e não lembrar de nomes como o Iron Maiden, na fase do Killers, Mercyful Fate, Tysondog, Blitzkrieg, Iron Angel e muitos outros, o som da banda te transporta para aquela que foi e sempre será a época dourada do Heavy Metal.


Logo após uma intro com o baixo galopando no melhor estilo Steve Harris, “Law of the Streets” na minha opinião, um dos melhores sons já feito pelo batalhador Hussein (Vocal e Guitarra), do primeiro EP “Returning to the Slaughter “ “Execution” faz com que o público se mate na frente do palco, grandes riffs e vocal perfeito fazem desse som um dos melhores desse trabalho, uma pausa e o vocalista Hussein anuncia o novo som chamado “The Entity” que estará no próximo trabalho da banda que já está sendo gravado. Esse som me lembrou muito a banda alemã “Stormwitch”, “Riding to Vengeance (Instrumental) vem na seqüência e abre espaço para “Blessed by flames of hell” que foi gravado para o Split com a banda Deathhammer da Noruega. A clássica “Nosferatu” vem na seqüência e faz com que seus fans agita-se muito com a banda. Sem dar trégua, a banda vem com a rápida “Lost in the night” que também estará no novo trabalho. Encerram de forma perfeita  com a clássica “Night Walker” e se despendem do público com uma ótima sensação que fizeram, mais uma perfeita e empolgante apresentação de uma das bandas mais guerreiras do nosso país!



Damnation City

A banda de Thrash Metal formada em 2012 na Grande São Paulo. Com o intuito de resgatar a essência do Metal oitentista.

Beto Destructor (Vocal)

Foi exatamente isso, que a banda provou no palco do Taverna Snooker bar. A banda abriu com “Killers Behind the Cross” que fez o público chegar para perto do palco e começar a bater cabeça, na sequência veio a rifferama de “Sordid Religion” como é rápido o solo desse som. Um dos meus sons preferidos vinha na sequencia, estou falando de "Celestial Slaughterhouse", como o vocalista Beto Destructor agita em cima do palco meus amigos, esse som me lembrou a banda Slayer, da fase do albúm Hell Awaits.

Após esse som a banda faz uma pausa e anuncia um cover de uma das bandas mais desgraçadas do cenário oitentista. Possessed com "The Eyes of Horror", será que preciso comentar a reação do público presente nessa hora?

Sem piedade a banda manda mais duas porradas de som, "Torment" e a pedida pelo público "Lobotomedia" que tem um refrão que gruda na cabeça, e em que o guitarrista, Andy Humanicider se destaca com seus grandes riffs e solos na velocidade da luz.

A mais que pedida e já conhecida do público "Hellraiser" fecha a noite e deixa o pública com sede de tamanha porradaria, excelente apresentação.





Fire Strike

Em divulgação de seu primeiro e recém lançado vídeo clip para a música “Night Fever” e de seu último e mais recente trabalho " Lion and Tiger", o Fire Strike é uma das bandas que mais vem crescendo na cena do Metal Nacional. 


Sons como: "True as a Dream", "Strees of Fire", fizeram o público do Taverna agitar sem parar com banda. O que mais chama a atenção na banda é seu grande e maravilhoso entrosamento, a banda toca como se fosse o último dia nesse planeta, o guitarrista "Henrique Schuindt" parecia que tinha encarnado o "Janick Gers" do Iron Maiden, era quase impossivel conseguir um bom ângulo para fotografa-lo (eu que o diga rs)

A vocalista Aline dispensa comentários, com seu carisma conquistou o apoio do público feminino, como o respeito dos homens de plantão. A cada apresentação, ela evolui e está se tornando uma grande e excelente frotman.

Aline (Vocal)



Recentemente a banda teve a faixa “Streets of Fire” selecionada para integrar uma coletânea estrangeira “Steel Held Hig” que conta com bandas de várias partes do mundo e que foi lançada na Alemanha.
Recentemente a banda teve a faixa “Streets of Fire” selecionada para integrar uma coletânea estrangeira “Steel Held Hig” que conta com bandas de várias partes do mundo e que foi lançada na Alemanha.
Mas voltando a apresentação, a banda quase fez ir a baixo o teto do Taverna quando tocou o seu maior hit “Night Fever”, e quando eu estava descendo as escadas do Taverna para tomar um ar do lado de fora do local, ouço os acordes de “Screaming for Vengeance de uma de suas maiores influências o Judas Priest, tive que voltar correndo para conferir. Um arregaço de cover, mandaram muito bem e não deixaram o público em um momento sair de perto do palco.
 

 

A banda ainda tocou, a bela e empolgante “Lust Master of the Sea”, “Lion and Tiger” e finalizou com a excelente “Our is Heavy Metal”.
Uma das melhores apresentações que já conferi da banda. Recentemente eles estão em fase de preparação de novas composições para o lançamento de seu primeiro Full Lenght, esperamos que a banda possa lançar este cd ainda nesse ano. 


Portas Negras

A banda paulistana de Heavy Tradicional Portas Negras, foi formada em meados de 2012 e pratica um Metal cantado em Portugues, com muita influência no metal nacional praticado aqui na década de oitenta.
A formação conta com: Erick Wild Child (Vocal), Michel Torture (Guitarra), Thiago Sodom (Guitarra), Leandro Lycan (Baixo) e Lucas Alcoholic Forces (Bateria).


Mesmo a banda ultimamente tocando muito aqui na Capital e região, essa foi a primeira oportunidade que tive de vê-los em ação. E não me decepcionei, a banda é muito entrosada, levantou o público e fez todos os presentes a cantar sons como: “Cães de Guerra”, “Headbangers SP” e “Madrugada Insana”.

 


Após um intervalo, a banda anuncia um cover de uma de suas maiores influências, a clássica banda paulista “Centúrias”, tocam o cover que deu o nome a banda “Portas Negras” presente na também clássica e conhecida coletânea “S.P Metal” lançada em 1984 e a belíssima “Rainha da destruição” que é a faixa titulo de seu primeiro e recente EP. 

Em falar nesse material, lançado pela distribuidora Obskure Chaos, vale a pena, comentar a capa, que apresenta a Rainha da Destruição, sentada ao trono com seu cão Cérberu ao lado e um “escravo” sexual lambendo os seus pés, veja a baixo a bela arte.

Velho

Eis que sobem ao palco, os causadores do culto do caos. Velho, uma das melhores bandas de Black Metal Oldschool nacional da atualidade.
Em divulgação do seu novo EP “Senhor de tudo”, lançado em 2013, a banda se apresenta pela primeira vez em Várzea Paulista, mas antes é importante lembrar, que muitos estavam lá para vê-los. 










A banda abre o seu espetáculo, com “Uma trilha sem Pegadas”, que fez o público colar na frente do palco e quase se jogar sobre ele de tanto agitar, na seqüência mandam outra no recente EP, um consolo para os cachaceiros de plantão, “O Único Caminho” que desgraça o inicio desse som, graças a ele, iniciaram - se os primeiros Stages Dives da noite. Um breve intervalo para consertar o bumbo da batera, detalhe o baterista usa um corpse paint, que lembra muito a atriz do filme Exorcista e também o ex vocalista do Marduck o Legion, resolvido o problema da bateria, mandam outra de suas porradas som que fazem explodir os Amplis do Taverna, a banda toca todos os sons com uma velocidade anormal, e faz com que o público agita - se ainda mais. 










De Besta para Besta, "Newton Misantropo" faz a cabeça dos bangers baterem incessantemente, que som veloz meus amigos, chegou uma hora que vi a bateria caminhando para frente do palco, tamanha a fúria do batera, mas isso era só o começo, a banda tocaria ele novamente ele na integra no final.
Outra pausa para arrumar alguns detalhes, e o vocalista Caronte, aproveita para fazer mais alguns agradecimentos, era nítido a felicidade do músico em estar se apresentando aqui em São Paulo e para um público sedento por Metal. A banda aproveita e manda “A Mesma Velha História”, nesse som o ouvinte entende a áurea Black Metal que a banda transmite em seu som, bateria a lá Darkthrone, misturada aquelas partes bate - estaca que os mestres do passado usavam em suas canções.


Thiago Caronte e Yan (Metallic Crucifixion)
Atendendo ao público, “Perto dos portais da Loucura”, um dos sons mais aguardados dessa noite, o público chegava a cantar mais alto que o instrumental, com toda fúria que a canção pede, graças a ela, os Stages Dives, voltaram com mais agressividade, só os loucos e bravos permaneciam na beira do palco, o som do Velho te traz de volta aqueles anos que realmente se via e o termo Headbanger era levado a sério. Suor, sangue e blasfemação eram entoados juntamente com a banda, copos de brejas eram passados em mãos em mãos, mostrando a união que antes não existia, som perfeito!
Finalmente veio aquele som que obriga a massa banger abrir uma roda gigante em frente a um palco, e a porradaria como solta, literalmente, não só em cima do palco, como no meio da roda, a faixa titulo do último trabalho “Senhor de Tudo” é tocada como se fosse a última música desse espetáculo, a banda agitava no palco, como estivesse possuída pelo próprio Satã, a resposta do público foi imediato, parecia que o lugar iria desabar.E realmente eu acho que era isso que a banda queria mesmo, mandam um cover do mestre do Black Metal “Reaper” do Bathory, nem precisa dizer que nessa hora tivemos a prova que os alicerces do Taverna são mais potentes do que esperávamos.
Com o público já quase morto, a banda ainda rola novamente e dessa vez na integra "Newton Misantropo" e sae aplaudida do palco.
Um dos melhores shows dessa noite que ainda teria o Flagelador e o Armadilha.

Flagelador

Particularmente, já fazia um certo tempo que eu não via a banda ao vivo, a última foi a muito tempo atráz no antigo Arena em Osasco, ao lado do Comando Nuclear, Vulcano e outras...
Dessa vez a banda está na estrada divulgando seu novo Single, intitulado de “Sob o Machado de Algoz”, e sua Turnê batizada com o mesmo nome.

A formação hoje em dia conta com, o velho guerreiro Armando Executor (Guitarra, Vocal e formador da banda), Turko Basura (Baixo) e o novo batera, Erick Maddog (Ex Comando Nuclear)


A banda abre com um de seus hinos, “Ultimatum” do seu primeiro trabalho “A Noite do Ceifador” de (2006), nem preciso dizer que o público já grudou na beirada do palco e com punhos cerrados começou a acompanhar o som da batera com um coro ensurdecedor. O som “Flagelador” invade os amplificadores, e da até sobe um arrepio lembrar do refrão que foi entoado por todos “Spikes, Couro, Correntes, Metaaallll”.O Flagelador abria seu espetáculo com toda moral. 

 

Cada parada que a banda dava, era um som diferente que o pública pedia.
Sons como: “Possessão Diabólica”, “Lançado às Chamas” e “Total Danação” foram cantadas muitas vezes mais alto que o vocalista. Cada porrada que saia dos amplificadores do Taverna, causava uma reação animal no público. Stages Dives e várias rodas se formaram novamente em frente ao palco.

Uma pausa para agradecer ao público pela grande presença e antes de anunciar o próximo som, Armando diz “Esse som é para pessoas como vcs, que nunca se rendem, mandam “Render-se Jamais”. Tenho certeza que cada banger que já leu essa letra, tem um motivo especial em suas vidas para estar nessa vida.



É nítido ver que a banda está muito entrosada, na hora dos solos do Armando, o baixista Turko, martelava seu equipamento sem dó, no maior estilo Cronos, a bateria nem se fala, Erick Dog se encaixou muito bem no estilo da banda, e isso a banda provou quando executou sons como: “Ao Vivo no Inferno”, “Cruzada ao Lado de Satã, “Obcecado por Sangue”, “Carnificina” e um aviso aos posers de plantão: “Perseguir e Exterminar”.
Depois de uma breve parada, a banda executa um som novo, mas que a maioria do público já conhecia “Anjo Exterminador”, que paulada insana.

Já passava das 3:30 da manhã quando a banda anuncia “Unidos pelo Metal”, e quando imaginavas-mos que iriam se despedir, resolvem atender um dos muitos pedidos do público, mesmo sem ensaiar, como fretou o vocalista, a banda toca “Forjado em Aço e Fogo”, que faz o público ficar rouco de tanto gritar esse belíssimo refrão. E teve mais, “A Noite do Ceifador”, “Expresso para o Inferno”, “Massacre Bestial” que encerra esse que foi um dos primeiros shows históricos desse ano!

Armadilha

Antes de inciar a resenha do show da banda, gostaria de parabelizar o pessoal da Metal SP, por ter equilibrado muito bem esse evento, tivemos bandas de Heavy Tradicional, Thrash, Black, e o público se respeitou muito bem!
Infelizmente, com metade do público indo embora por causa do horário, muitos que falei iriam trabalhar no domingo e dependia de condução. Mas quem teve o privilégio de ficar, não se arrependeu. 

A última banda subir ao palco, vou uma das novas promessas do Heavy Tradicional “Armadilha”, banda que pratica um Heavy Metal cantando em Português e que já tem uma grande experiência em cima de um palco.

Lembrando que recentemente a banda lançou um álbum cantando em várias línguas, fato raro ainda no mercado do Metal brasileiro e principalmente por se tratar de uma banda ainda nova e underground. Isso prova mais uma vez que a geração do metal de hoje em dia é feita por pessoas profissionais e que sabem o que quer.

A banda abre com “Decaptar o Poder” do álbum “Choque elétrico” (2013), nessa hora dava para perceber que o Metal cantado em português se torna muito mais importante, você realmente canta com o coração e se identifica mais com o som. Na sequência sons como: o hino “Armadilha”, e um dos mais pedidos e particularmente, mais fodas da banda é anunciado: “Choque Elétrico”, nessa hora o público que ainda estava em pé, agita sem parar. Sem perda de tempo, a banda anuncia, um cover de uma de suas maiores influências, “Não Desista” da banda (Stress), o público vai ao delírio e prova mais uma vez, o respeito e adoração pelo Metal Nacional.
“Minha casa é o Bar”, faz com que o público levante seus copos transbordando álcool, com toda fúria a banda manda “Fúria Sobre duas Rodas” em seguida outro som que foi muito pedido, “Guerra no Espaço” que com grande performance de palco a banda fez levantar até aqueles que estavam parecendo defuntos no canto do Taverna.

A banda anuncia mais um grande som, “1932” e encerram seu grande show com mais um hino “Metal Inquebrável” que é cantado até por quem estava do lado de fora do Taverna, que grande refrão esse som tem, consegue fazer com que você tenha orgulho do que você realmente é.


 


Gostaria de agradecer à todos os evolvidos nesse grande e estupendo evento. Ao John (Metal SP), a toda organização do Taverna Snooker Bar, a todas as bandas que me ajudaram a fazer o Programa Power Thrashing Death, mandando todas as informações possíveis, ao Erick (Portas Negras), Beto Destructor (Damnation City), Thiago Caronte e todos da banda (Velho) valeu pelo agradecimento brother of hell, Hussein Salim (Nosferatu), Edivan (Fire Strike), Armando (Flagelador) e Felipe e todos da banda Decadencia, em nome de toda equipe Exmera, muito obrigado!

Um comentário:

  1. Excelente resenha. De fato foi um evento e tanto uns dos melhores que fui.

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