Evento da Metal SP no dia 29/03/2014
Taverna Snooker Bar – Várzea Paulista
Bandas: Decadência, Nosferatu, Damnation City, Fire Strike, Portas Negras, Velho, Flagelador e Armadilha.
Resenha: Reinaldö Sacred Steel, fotos Mary Desaster e Reinaldö Sacred Steel.
O evento previsto para começar ás 18Hs, iniciou -se ás
19Hs. Nada mais justo, já que o município de Varzéa Paulista, fica um pouco
afastado da Capital e levou um bom tempo para a chegada do público até o local.
Decadência
Apesar de subir ao palco, com pouco público presente, a
banda não deixou desanimar e executou seu thrash speed, com influência do
hardcore dos anos 80. Sons como a “Era do Caos”, “Corrupção de Elite”, “Deus de
um céu Plástico”, “Dor dos Inocentes” explodiram pelo equipamento do Taverna,
finalizaram com o cover de “Outbreak of Evil”.
da banda alemã “Sodom”.
Hussein Salim (Vocal/Guitarra) |
A banda que mais uma vez teve uma baixa, não deixou por
menos e mandou ver no seu som, calcado e cravado totalmente no Metal
Tradicional Oitentista. Tem hora que fecho meus olhos e fico imaginando aquelas
clássicas bandas no palco, não tem como escutar o som do Nosferatu ao vivo e
não lembrar de nomes como o Iron Maiden, na fase do Killers, Mercyful Fate,
Tysondog, Blitzkrieg, Iron Angel e muitos outros, o som da banda te transporta
para aquela que foi e sempre será a época dourada do Heavy Metal.
Logo após uma intro com o baixo galopando no melhor
estilo Steve Harris, “Law of the Streets” na minha opinião, um dos melhores
sons já feito pelo batalhador Hussein (Vocal e Guitarra), do primeiro EP
“Returning to the Slaughter “ “Execution” faz com que o público se mate na
frente do palco, grandes riffs e vocal perfeito fazem desse som um dos melhores
desse trabalho, uma pausa e o vocalista Hussein anuncia o novo som chamado “The
Entity” que estará no próximo trabalho da banda que já está sendo gravado. Esse
som me lembrou muito a banda alemã “Stormwitch”, “Riding to Vengeance
(Instrumental) vem na seqüência e abre espaço para “Blessed by flames of hell”
que foi gravado para o Split com a banda Deathhammer da Noruega. A clássica
“Nosferatu” vem na seqüência e faz com que seus fans agita-se muito com a banda.
Sem dar trégua, a banda vem com a rápida “Lost in the night” que também estará
no novo trabalho. Encerram de forma perfeita com a clássica “Night Walker” e se despendem
do público com uma ótima sensação que fizeram, mais uma perfeita e empolgante
apresentação de uma das bandas mais guerreiras do nosso país!
Damnation
City
A banda de Thrash Metal formada em 2012 na Grande São
Paulo. Com o intuito de resgatar a essência do Metal oitentista.
Beto Destructor (Vocal) |
Foi exatamente isso, que a banda provou no palco do Taverna Snooker bar. A banda abriu com “Killers Behind the Cross” que fez o público
chegar para perto do palco e começar a bater cabeça, na sequência veio a
rifferama de “Sordid Religion” como é rápido o solo desse som. Um dos meus sons
preferidos vinha na sequencia, estou falando de "Celestial Slaughterhouse", como o vocalista Beto Destructor agita em cima do palco meus amigos, esse som me lembrou a banda Slayer, da fase do albúm Hell Awaits.
Após esse som a banda faz uma pausa e anuncia um cover de uma das bandas mais desgraçadas do cenário oitentista. Possessed com "The Eyes of Horror", será que preciso comentar a reação do público presente nessa hora?
Sem piedade a banda manda mais duas porradas de som, "Torment" e a pedida pelo público "Lobotomedia" que tem um refrão que gruda na cabeça, e em que o guitarrista, Andy Humanicider se destaca com seus grandes riffs e solos na velocidade da luz.
A mais que pedida e já conhecida do público "Hellraiser" fecha a noite e deixa o pública com sede de tamanha porradaria, excelente apresentação.
Fire Strike
Em
divulgação de seu primeiro e recém lançado vídeo clip para a música “Night
Fever” e de seu último e mais recente trabalho " Lion and Tiger", o Fire Strike é uma das bandas que mais vem crescendo na cena do Metal Nacional.
Sons como: "True as a Dream", "Strees of Fire", fizeram o público do Taverna agitar sem parar com banda. O que mais chama a atenção na banda é seu grande e maravilhoso entrosamento, a banda toca como se fosse o último dia nesse planeta, o guitarrista "Henrique Schuindt" parecia que tinha encarnado o "Janick Gers" do Iron Maiden, era quase impossivel conseguir um bom ângulo para fotografa-lo (eu que o diga rs)
A vocalista Aline dispensa comentários, com seu carisma conquistou o apoio do público feminino, como o respeito dos homens de plantão. A cada apresentação, ela evolui e está se tornando uma grande e excelente frotman.
A banda ainda tocou, a bela e
empolgante “Lust Master of the Sea”, “Lion and Tiger” e finalizou com a excelente
“Our is Heavy Metal”.
Uma das melhores apresentações
que já conferi da banda. Recentemente eles estão em fase de preparação de novas composições para o
lançamento de seu primeiro Full Lenght, esperamos que a banda possa lançar este
cd ainda nesse ano.
Portas Negras
A banda
paulistana de Heavy Tradicional Portas Negras, foi formada em meados de 2012 e
pratica um Metal cantado em Portugues, com muita influência no metal nacional
praticado aqui na década de oitenta.
A formação conta com: Erick Wild Child (Vocal), Michel Torture
(Guitarra), Thiago Sodom (Guitarra), Leandro Lycan (Baixo) e Lucas Alcoholic
Forces (Bateria).
Mesmo a banda ultimamente tocando muito aqui na Capital e
região, essa foi a primeira oportunidade que tive de vê-los em ação. E não me decepcionei,
a banda é muito entrosada, levantou o público e fez todos os presentes a cantar
sons como: “Cães de Guerra”, “Headbangers SP” e “Madrugada Insana”.
Após um intervalo, a banda anuncia um cover de uma de suas
maiores influências, a clássica banda paulista “Centúrias”, tocam o cover que
deu o nome a banda “Portas Negras” presente na também clássica e conhecida
coletânea “S.P Metal” lançada em 1984 e a belíssima “Rainha da destruição” que é
a faixa titulo de seu primeiro e recente EP.
Em falar nesse material, lançado pela distribuidora Obskure
Chaos, vale a pena, comentar a capa, que apresenta a Rainha da Destruição,
sentada ao trono com seu cão Cérberu ao lado e um “escravo” sexual lambendo os seus pés, veja a baixo a bela arte.
Velho
Eis que sobem ao palco, os
causadores do culto do caos. Velho, uma das melhores bandas de Black Metal
Oldschool nacional da atualidade.
Em divulgação do seu novo EP “Senhor
de tudo”, lançado em 2013, a banda se apresenta pela primeira vez em Várzea
Paulista, mas antes é importante lembrar, que muitos estavam lá para vê-los.
A banda abre o seu espetáculo, com
“Uma trilha sem Pegadas”, que fez o público colar na frente do palco e quase se
jogar sobre ele de tanto agitar, na seqüência mandam outra no recente EP, um
consolo para os cachaceiros de plantão, “O Único Caminho” que desgraça o inicio
desse som, graças a ele, iniciaram - se os primeiros Stages Dives da noite. Um
breve intervalo para consertar o bumbo da batera, detalhe o baterista usa um
corpse paint, que lembra muito a atriz do filme Exorcista e também o ex
vocalista do Marduck o Legion, resolvido o problema da bateria, mandam outra de suas porradas som que fazem explodir os Amplis do
Taverna, a banda toca todos os sons com uma velocidade anormal, e
faz com que o público agita - se ainda mais.
De Besta para Besta, "Newton Misantropo" faz a cabeça dos
bangers baterem incessantemente, que som veloz meus amigos, chegou uma hora que
vi a bateria caminhando para frente do palco, tamanha a fúria do batera, mas
isso era só o começo, a banda tocaria ele novamente ele na integra no final.
Outra pausa para arrumar alguns detalhes, e o vocalista
Caronte, aproveita para fazer mais alguns agradecimentos, era nítido a
felicidade do músico em estar se apresentando aqui em São Paulo e para um
público sedento por Metal. A banda aproveita e manda “A Mesma Velha História”,
nesse som o ouvinte entende a áurea Black Metal que a banda transmite em seu
som, bateria a lá Darkthrone, misturada aquelas partes bate - estaca que os
mestres do passado usavam em suas canções.
Thiago Caronte e Yan (Metallic Crucifixion) |
Atendendo ao público, “Perto dos portais da Loucura”, um
dos sons mais aguardados dessa noite, o público chegava a cantar mais alto que
o instrumental, com toda fúria que a canção pede, graças a ela, os Stages Dives, voltaram com mais agressividade, só os loucos e bravos permaneciam na
beira do palco, o som do Velho te traz de volta aqueles anos que realmente se via e o termo Headbanger era levado a sério. Suor, sangue e blasfemação eram entoados juntamente
com a banda, copos de brejas eram passados em mãos em mãos, mostrando a união
que antes não existia, som perfeito!
Finalmente veio aquele som que obriga a massa banger
abrir uma roda gigante em frente a um palco, e a porradaria como solta, literalmente,
não só em cima do palco, como no meio da roda, a faixa titulo do último
trabalho “Senhor de Tudo” é tocada como se fosse a última música desse
espetáculo, a banda agitava no palco, como estivesse possuída pelo próprio
Satã, a resposta do público foi imediato, parecia que o lugar iria desabar.E
realmente eu acho que era isso que a banda queria mesmo, mandam um cover do
mestre do Black Metal “Reaper” do Bathory, nem precisa dizer que nessa hora
tivemos a prova que os alicerces do Taverna são mais potentes do que
esperávamos.
Com o público já quase morto, a banda ainda rola
novamente e dessa vez na integra "Newton Misantropo" e sae aplaudida do palco.
Um dos melhores shows dessa noite que ainda teria o
Flagelador e o Armadilha.
Flagelador
Particularmente, já fazia um certo tempo que eu não via a
banda ao vivo, a última foi a muito tempo atráz no antigo Arena em Osasco, ao
lado do Comando Nuclear, Vulcano e outras...
Dessa vez a banda está na estrada divulgando seu novo
Single, intitulado de “Sob o Machado de Algoz”, e sua Turnê batizada com o
mesmo nome.
A formação hoje em dia conta com, o velho guerreiro
Armando Executor (Guitarra, Vocal e formador da banda), Turko Basura (Baixo) e
o novo batera, Erick Maddog (Ex Comando Nuclear)
A banda abre com um de seus hinos, “Ultimatum” do seu
primeiro trabalho “A Noite do Ceifador” de (2006), nem preciso dizer que o
público já grudou na beirada do palco e com punhos cerrados começou a
acompanhar o som da batera com um coro ensurdecedor. O som “Flagelador” invade
os amplificadores, e da até sobe um arrepio lembrar do refrão que foi entoado por
todos “Spikes, Couro, Correntes, Metaaallll”.O Flagelador abria seu espetáculo
com toda moral.
Cada parada que a banda dava, era um som diferente que o
pública pedia.
Sons como: “Possessão Diabólica”, “Lançado às Chamas” e
“Total Danação” foram cantadas muitas vezes mais alto que o vocalista. Cada
porrada que saia dos amplificadores do Taverna, causava uma reação animal no
público. Stages Dives e várias rodas se formaram novamente em frente ao palco.
Uma pausa para agradecer ao público pela grande presença
e antes de anunciar o próximo som, Armando diz “Esse som é para pessoas como
vcs, que nunca se rendem, mandam “Render-se Jamais”. Tenho certeza que cada
banger que já leu essa letra, tem um motivo especial em suas vidas para estar
nessa vida.
É nítido ver que a banda está muito entrosada, na hora
dos solos do Armando, o baixista Turko, martelava seu equipamento sem dó, no
maior estilo Cronos, a bateria nem se fala, Erick Dog se encaixou muito bem no
estilo da banda, e isso a banda provou quando executou sons como: “Ao Vivo no
Inferno”, “Cruzada ao Lado de Satã, “Obcecado por Sangue”, “Carnificina” e um
aviso aos posers de plantão: “Perseguir e Exterminar”.
Depois de uma breve parada, a banda executa um som novo,
mas que a maioria do público já conhecia “Anjo Exterminador”, que paulada insana.
Já passava das 3:30 da manhã quando a banda anuncia
“Unidos pelo Metal”, e quando imaginavas-mos que iriam se despedir, resolvem
atender um dos muitos pedidos do público, mesmo sem ensaiar, como fretou o
vocalista, a banda toca “Forjado em Aço e Fogo”, que faz o público ficar rouco
de tanto gritar esse belíssimo refrão. E teve mais, “A Noite do Ceifador”, “Expresso
para o Inferno”, “Massacre Bestial” que encerra esse que foi um dos primeiros
shows históricos desse ano!
Armadilha
Antes de inciar a resenha do show da banda, gostaria de
parabelizar o pessoal da Metal SP, por ter equilibrado muito bem esse evento,
tivemos bandas de Heavy Tradicional, Thrash, Black, e o público se respeitou
muito bem!
Infelizmente, com metade do público indo embora por causa
do horário, muitos que falei iriam trabalhar no domingo e dependia de condução.
Mas quem teve o privilégio de ficar, não se arrependeu.
A última banda subir ao palco, vou uma das novas
promessas do Heavy Tradicional “Armadilha”, banda que pratica um Heavy Metal
cantando em Português e que já tem uma grande experiência em cima de um palco.
Lembrando que recentemente a banda lançou um álbum
cantando em várias línguas, fato raro ainda no mercado do Metal brasileiro e
principalmente por se tratar de uma banda ainda nova e underground. Isso prova mais
uma vez que a geração do metal de hoje em dia é feita por pessoas profissionais
e que sabem o que quer.
A banda abre com “Decaptar o Poder” do álbum “Choque
elétrico” (2013), nessa hora dava para perceber que o Metal cantado em
português se torna muito mais importante, você realmente canta com o coração e
se identifica mais com o som. Na sequência sons como: o hino “Armadilha”, e um
dos mais pedidos e particularmente, mais fodas da banda é anunciado: “Choque
Elétrico”, nessa hora o público que ainda estava em pé, agita sem parar. Sem
perda de tempo, a banda anuncia, um cover de uma de suas maiores influências,
“Não Desista” da banda (Stress), o público vai ao delírio e prova mais uma vez,
o respeito e adoração pelo Metal Nacional.
“Minha casa é o Bar”, faz com que o público levante seus
copos transbordando álcool, com toda fúria a banda manda “Fúria Sobre duas
Rodas” em seguida outro som que foi muito pedido, “Guerra no Espaço” que com
grande performance de palco a banda fez levantar até aqueles que estavam
parecendo defuntos no canto do Taverna.
A banda anuncia mais um grande som, “1932” e encerram seu
grande show com mais um hino “Metal Inquebrável” que é cantado até por quem
estava do lado de fora do Taverna, que grande refrão esse som tem, consegue
fazer com que você tenha orgulho do que você realmente é.
Gostaria de agradecer à todos os evolvidos nesse grande e
estupendo evento. Ao John (Metal SP), a toda organização do Taverna Snooker
Bar, a todas as bandas que me ajudaram a fazer o Programa Power Thrashing
Death, mandando todas as informações possíveis, ao Erick (Portas Negras), Beto
Destructor (Damnation City), Thiago Caronte e todos da banda (Velho) valeu pelo
agradecimento brother of hell, Hussein Salim (Nosferatu), Edivan (Fire Strike),
Armando (Flagelador) e Felipe e todos da banda Decadencia, em nome de toda equipe Exmera, muito obrigado!
Excelente resenha. De fato foi um evento e tanto uns dos melhores que fui.
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