NERVOSA / HAVOK ESPAÇO 555 15/06/2018

Resenha e Fotos: Victor Denardo

Nem mesmo a friaca de 14 graus em São Paulo impediu os headbangers de comparecerem em bom número ao Espaço 555, na última sexta feira, 15 de junho. O motivo não podia ser melhor: era o lançamento do novo disco das meninas da Nervosa, o bem recebido Downfall of Mankind. Só por isso já teria valido a pena. Mas ainda havia o Havok, banda da nova safra do Thrash americano com muitos fãs no Brasil. Ou seja, quem foi não se arrependeu.



Por volta de sete da noite, a Nervosa deu início a uma apresentação digna de todo o reconhecimento que a banda vem tendo. Formada por Fernanda Lira (baixo/vocal), Prika Amaral (guitarra/backing) e Luana Dametto (bateria), o trio mostrou a que veio logo nos primeiros sons, Horrordrome e ...And Justice for Whom, do disco mais recente. Logo após veio Death!, faixa de Victim of Yourself, de 2014, seguida de Enslave, Hostages e Masked Betrayer. As faixas do novo disco mostram uma clara opção das meninas por um som mais extremo e rápido, beirando o Death Metal. Outro ponto a ser destacados são as letras, cada vez mais em sintonia com a realidade, conforme pudemos observar em Never Forget, Never Repeat (alô headbanger defensor de ditadura, essa é pra você) e Vultures (uma justa homenagem a Datena, Sonia Abrão e companhia). Vieram então Raise Your Fist, Arrogance e Kill the Silence (melhor nome de música). O encerramento foi com Fear, Violence and Massacre, Intolerance Means War e Into Moshpit. A perfeição das meninas no palco só comprovou o que todo mundo já sabe: esse é o ano da Nervosa!



Em seguida, era hora do thrash metal empolgante e técnico do Havok. O primeiro som, Fatal Intervention, botou fogo no espaço 555 e me fez lembrar de como é difícil fotografar shows Thrash. A desgraceira continuou com Hang’em High, Prepare for Attack e F.P.C. Os destaques óbvios são o baixista, Nick Schendzielos (menos por causa do baixo com luzinhas, mais por sua técnica ultra apurada) e o baterista, Pete Webber. Completam a formação Reece Scruggs (guitarra/backing) e David Sanchez(guitarra/voz). 



O show prosseguiu com Out of My Way, Covering Fire e Point of No Return. Impossibilitado de chegar mais próximo do palco, passei a observar o público. Impressiona a quantidade de garotos recém-saídos da adolescência. Havia os tiozões, claro, mas havia também uma nova safra de fãs que, de alguma forma, nos deixa esperançosos quanto ao futuro da música pesada no Brasil. O término do show foi com Ingsoc, Unnatural Selection, From the Cradle to the Grave e Intention to Decieve. Uma noite memorável para qualquer fã de Thrash Metal.




Postagem: Leo Wacken

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