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Release e Entrevista CREPTUM

 




O ano zero foi 2001, sob o nome de Nekros, formada por Tanatos e Animus Atra em São Paulo - Brasil. Sem grandes pretensões do mainstream, o objetivo era destilar o Black Metal em sua vertente mais crua, com riffs simples e letras diretas, influenciados por bandas como Gorgoroth, Marduk e Sarcófago.

 Em 2003, a banda foi rebatizada como CREPTUM e após a definição do line-up com Tanatos (vocal/guitarra), Animus Atra (bateria), Deimous Nefus (baixo) e Anduscias (guitarra), foi gravado o primeiro material, “...make this world burn”.

 Mesmo após a boa receptividade do público à primeira demo, e com novos sons preparados, Tanatos deixa a banda em 2004.No mesmo ano, com uma nova formação, Animus Atra (bateria), Deimous Nefus (guitarra), Necro Occult Lord (vocal) e Phlegethon (baixo), a banda grava seu segundo material de estúdio, “The Age of Darkness”. 

Após concluírem as apresentações de divulgação deste trabalho, a banda resolveu se afastar por um tempo dos palcos e estúdio. Este hiato durou cerca de 8 anos, com o retorno anunciado em 2013. 

Em 2014 acontece em definitivo o retorno, com a regravação da demo “The Age of Darkness” em formato de EP com duas faixas bônus, regravadas da demo “...make this world burn”. A baixista Bast foi incorporada à banda e 2014 marcou também nosso retorno aos palcos. 

Também neste ano deu-se início aos trabalhos para o lançamento de um novo material, com músicas inéditas. Durante o processo de composição, Bast precisou se afastar da banda e para o seu lugar foi recrutado o baixista T. Aversvs. 

Em agosto de 2015 é lançado o single "In The Arms of Death", com duas prévias do debut álbum, além de um cover para o clássico "Massacre", do lendário Bathory. Em fevereiro de 2016 foi fechado um acordo com a Mutilation Records e o lançamento do debut, intitulado "Of Lies, Curses and Blood", aconteceu em setembro do mesmo ano. Já em novembro do mesmo ano a banda parte par a sua primeira turnê internacional, que passou por países como Colômbia, Equador e Peru.

O ano de 2017 marcou o início da produção do novo disco, ainda sem título. No mesmo ano, em outubro, a banda lança o single "Reborn in Flames" contendo duas faixas, "Reborn in Darkness", que faria parte do novo disco, e uma versão para a música "Black Celebration", do Depeche Mode. 2018 deu início as gravações do novo álbum, ainda sem previsão de lançamento. Em novembro do mesmo ano a banda fechou contrato com a gravadora Drakkar Brasil, braço sul-americano da francesa Drakkar Productions, para o lançamento do novo disco, agora intitulado "VAMA". 

No ano seguinte, durante as gravações, a banda precisou alterar o seu line-up, o que ocasionou no atraso das gravações. O vocalista Tanaos precisou deixar a banda, atuando agora apenas no background, para seu lugar foi chamado o vocalista/guitarrista Nebro, da banda brasileira Exílio. Poucos meses depois, o guitarrista Deimous Nefus precisou também se afastar da banda. Com isso, o baixista T.Aversvs assumiu as guitarras e para o seu lugar foi chamada a baixista Corvo. 

Em dezembro de 2019 a produção do disco foi concluída e o lançamento está previsto para o primeiro trimestre de 2020. 


FORMAÇÃO: 

T. Aversvs – Guitarra 

 Corvo – Baixo 

 Animus Atra – Bateria 


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Bandcamp: https://creptum.bandcamp.com/ 

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ENGLISH: 

The Ano Zero was 2001, under the name of Nekros, formed by Tanatos and Animus Atra in São Paulo - Brazil. Without major pretensions from the mainstream, the objective was to distill Black Metal in its rawest aspect, with simple riffs and direct lyrics, influenced by bands like Gorgoroth, Marduk and Sarcófago. 

In 2003, the band was renamed as CREPTUM and after defining the line-up with Tanatos (vocal / guitar), Animus Atra (drums), Deimous Nefus (bass) and Anduscias (guitar), the first material was recorded, “...make this world burn”. 

Even after the public's good reception to the first demo, and with new sounds prepared, Tanatos left the band in 2004. In the same year, with a new line up, Animus Atra (drums), Deimous Nefus (guitar), Necro Occult Lord (vocal) and Phlegethon (bass), the band records their second studio material, “The Age of Darkness”. 

After concluding the presentations to publicize this work, the band decided to leave the stage and studio for a while. This hiatus lasted about 8 years, with the return announced in 2013. 

In 2014, the comeback definitely takes place, with the re-recording of the demo “The Age of Darkness” in EP format with two bonus tracks, re-recorded from the demo “... make this world burn”. Bassist Bast was incorporated into the band and 2014 also marked our return to the stage. 

Also this year, work began on the launch of a new material, with new songs. During the writing process, Bast had to leave the band and bassist T. Aversvs was recruited. 

In August 2015, the single "In The Arms of Death" is released, with two previews of the debut album, as well as a cover for the classic "Massacre", by the legendary Bathory. In February 2016 an agreement was reached with Mutilation Records and the release of the debut, entitled "Of Lies, Curses and Blood", took place in September of the same year. In November of the same year, the band left for their first international tour, which passed through countries like Colombia, Ecuador and Peru. 

The year 2017 marked the beginning of the production of the new album, still untitled. In the same year, in October, the band released the single "Reborn in Flames" containing two tracks, "Reborn in Darkness", which would be part of the new album, and a version for the song "Black Celebration", by Depeche Mode. 2018 started recording the new album, still with no release date. In November of the same year the band signed a contract with the Drakkar Brasil label, South American arm of the French Drakkar Productions, for the release of the new album, now entitled "VAMA". 

The following year, during the recordings, the band needed to change its line-up, which caused the delay of the recordings. The vocalist Tanaos had to leave the band, acting now only in the background, to his place was called the vocalist / guitarist Nebro, from the Brazilian band Exílio. A few months later, guitarist Deimous Nefus also had to leave the band. With that, bassist T.Aversvs took over the guitars and was replaced by bassist Corvo. 

In December 2019 the production of the disc was completed and the release is scheduled for the first quarter of 2020. 

LINE UP: 

T. Aversvs – guitar 

 Corvo – bass 

 Animus Atra – drums 

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Entrevista: Aline Pavan
Respostas: Animus Atra

Na entrevista de hoje, conversaremos com um dos principais nomes do Black Metal da atualidade: o CREPTUM. Nesta primeira pergunta, queremos abordar o novo álbum “VAMA”, como foi trabalhar no processo de composição deste álbum e vocês acreditam que este seja o melhor registro da banda até o momento?

Animus Atra: Em primeiro lugar, agradecemos o convite. “VAMA” é sem dúvida o nosso melhor trabalho até o momento. E o que teve a produção mais conturbada também. Começamos a trabalhar nele ainda em 2017 e nossa previsão era lançar em 2018. Trabalhamos na produção do single "Reborn in Flames", que lançamos em 2017 e inclui a 'Reborn in Darkness", que era uma música que já estaria no, à época, vindouro álbum, e um cover para "Black Celebration" do Depeche Mode. Já tínhamos todas as músicas prontas e em março de 2018 começamos a gravação da bateria. Depois disso foi onde começou o caos. Não conseguimos continuar com as gravações durante o ano, por conta de alguns problemas pessoais, e só retomamos em janeiro de 2019. Resolvemos então regravar a bateria, pois não tínhamos ficado satisfeitos com os resultados da primeira gravação. Depois tivemos problemas com a formação, com a saída do Tanatos e do Deimous Nefus, e como a voz ainda não estava gravada, precisamos correr atrás de um vocalista. Com isso finalizamos o disco apenas em dezembro de 2019, e daí o lançamento em março de 2020.

 

Aproveitando a pergunta anterior, vimos recentemente pipocando diversas críticas positivas acerca deste atual álbum, como vocês veem a recepção da imprensa sobre este material, uma vez que ele figurou por diversos sites como um dos melhores de 2020?

Animus Atra: De fato, tivemos uma recepção muito boa com este álbum. O que nos deixa extremamente satisfeitos, pois sabemos o quanto trabalhamos para deixar ele impecável.

 

E a aceitação do público do CREPTUM, foi positiva em relação aos trabalhos anteriores?

Animus Atra: Sim, foi bem positiva. Eu sou suspeito, gosto muito de ambos os álbuns, mas reconheço que o VAMA é bem superior ao “Of Lies, Curses and Blood”. O que é um processo natural, no caso. Adquirimos muito mais experiência nestes anos e no VAMA tínhamos uma ideia muita clara do que queríamos para ele, tanto musicalmente quanto no conceito.

 

2020 e 2021 estão sendo anos pesadíssimos com a pandemia, quarentena e etc., como andam os trabalhos de composição de novas músicas?

Animus Atra: Temos algumas músicas novas em que estamos trabalhando, mas ainda não sabemos exatamente como vai ser o futuro. Não tivemos oportunidade ainda de fazer uma divulgação “física” para o VAMA e sinto que seria triste deixar passar esta etapa com este álbum que significa tanto para nós. Estávamos preparando um show especial de lançamento do disco, que teve que ser adiado, assim como todo nosso aparato de palco, que sempre foi algum muito importante para nós também e que estávamos trabalhando para trazer algo diferente nos nossos novos shows, então talvez a gente retome isso ainda antes de partir para um novo lançamento. Como disse, não sabemos ainda como serão os próximos passos agora.

 

Estes últimos meses tem sido “a era das lives”, vimos inúmeros festivais fazendo suas edições online, porém não encontramos a participação do CREPTUM em nenhum deles. Foi uma posição da banda não participar destes projetos? Se sim, por que?

Animus Atra: Sim, isso foi premeditado. Como mencionei anteriormente, os nossos shows sempre foram uma parte muito importante da nossa arte. Para a gente nunca foi apenas sobre subir no palco e tocar. Pode parecer clichê, mas tratamos os nossos shows como um “ritual” mesmo, e fazer isso através de uma live não nos pareceu correto. Ainda mais em momentos que não podíamos nos encontrar pessoalmente, ter pessoas trabalhando conosco na produção e etc. Não íamos conseguir reproduzir a experiência que é estar num show do Creptum com o formato “cada um na sua casa”. Nada contra as bandas que fazem, mas para nós nunca pareceu correto. Temos planos de fazer um material em vídeo, com uma produção maior, mas ainda sem previsão. Vamos ver como o mundo e nosso governo de merda se comportam nos próximos meses.

 

Como você acredita que o headbanger brasileiro retornará após a pandemia? Tendo vista o tempo que estamos sem shows, você acha que o público dará mais importância aos eventos undergrounds ou continuaremos com festivais esvaziados?

Animus Atra: Ah cara, eu acho bem difícil mudar alguma coisa, na real. Provavelmente teremos uma presença muito maior no começo, por que ninguém aguenta mais ficar dentro de casa (o que muita gente não está fazendo, para ser honesto), mas eu acho q a tendência depois disso é tudo ficar na mesma. A falta de público no underground é um círculo vicioso meio difícil de quebrar, eu acho.  As bandas reclamam que não tem público, mas muitas delas não parecem muito se importar em oferecer uma experiência que valha a pena para o Fulano sair de casa e ir até lá. Muitos shows parecem mais um ensaio do que outra coisa. Por outro lado, sem público o organizador muitas vezes não consegue pagar uma grana melhor para as bandas, que por sua vez não conseguem investir em uma apresentação melhor. Por isso acho que é um cenário bem difícil de se mudar. Tem muitas bandas que investem nos seus shows e trazem uma experiência diferenciada para o público. O Vazio é uma delas. O show que eles fizeram no SESC aqui em SP alguns anos atrás foi algo q a galera não está muito acostumada a ver. Foi pago, foi apenas o show e não uma “balada” como normalmente acontece, e estava lotado. Se as bandas começarem a ter este cuidado, pode ser que as coisas mudem em algum momento.

 

Há algo que vocês queiram adiantar para nós relacionado a projetos para 2021?

Animus Atra: Como disse, não temos ainda nada que esteja bem encaminhado para o futuro. Estamos trabalhando em novos sons, mas ainda não sabemos como iremos trabalhar com eles. Talvez, o que esteja mais bem encaminhado é a gravação de um material em vídeo. Já tenho tudo organizado na minha cabeça e planejado. Estamos esperando só as coisas normalizarem um pouco para seguir com os planos.

 

Novamente agradecemos ao CREPTUM por esse bate-papo e deixamos este espeço para as considerações finais.

Animus Atra: Eu que agradeço pelo espaço. Neste momento em que não acontecem shows, a mídia é o que tem feito o underground ficar vivo. No mais, continuem apoiando as bandas. Comprem materiais se possível. Ouça nas plataformas de streaming. Se não dinheiro, invistam um pouco do seu tempo nas bandas que vocês curtem. Quanto ao Creptum, estamos em todas as redes sociais. Só procurar por nós lá.

Valeu e mantenham a chama acesa.




Postagem: SRWINS

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